sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

Na aurora de mais uma página da história humana, o Escadas Para... lhes deseja uma ótima noite na virada e ótimos próximos tempos. E, neste momento especial, que as palavras do mestre possam ser de alguma valia para vocês, em quaisquer sentidos que possam ser sentidas.



Poesia da Felicidade




Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!




Fernando Pessoa






-Um feliz 2012 =)-

domingo, 11 de dezembro de 2011

Um Ano na Natureza (não tão) Selvagem

Aêêêêê, garotada... mals a demora, hein? Fim de semestre é pancada. Mas cá estamos aqui, de novo, nesta postagem mais que especial. Há um ano (mais precisamente 1 ano e 17 dias (data oficial: 20 de novembro) estava eu à postar a primeira de muitas (28, com este) postagens que se seguiriam. Originalmente, na data de aniversário do "Escadas Para...", eu tinha pensado em fazer uma reavaliação filosófica sobre o que se passou e as diferenças de lá para cá. Foram muitas coisas... deu pra preencher o Top 10 Insanidades... Já rolaram 2500 visitas desde a primeira postagem... Já recebi muitos comentários virtuais e em carne e osso muito interessantes sobre os textos...

Daí eu li a primeira postagem, novamente...

(em tempo: Escadas Para..., o primeiro)

E aí me ocorre que ainda é a mesma coisa... mesmo sendo tão diferente. Então, como presente para nós, no primeiro aniversário do "Escadas Para..." vamos continuar na maré dos sonhos e mergulhar numa postagem que está sendo preparada há muito. Dois camaradas do peito, inteligentíssimos, foram convidados para criar textos sobre um mesmo assunto. Como os dois primeiros convidados do "Escadas Para...", é muita alegria e satisfação dar as boas-vindas à eles: Paulo César e CP (assim quiseram ser identificados).

À seguir, três textos com suas imagens selecionadas pelos respectivos autores. Assim sendo, dados os parabéns ao nosso (bom, ao menos "meu") adorado blog, que venha a próxima loucura.

Reflexões Sobre o Zoo


Boa viagem à todos. Nosso primeiro convidado, CP:
1. Zoológico

Nós seres humanos somos muito diferentes dos outros animais, mas também somos muito parecidos, é tudo uma questão de perspectiva e zoom, podemos classificar tudo de formas distintas e contrárias.
    Podemos ser classificados muito diferentes pois construímos prédios e pontes gigantes, mas podemos ser considerados muito próximos pois em algum ponto temos ancestrais em comum e isso forma uma grande família chamada vida terrestre, talvez uma família maior ainda, galática ou universal, somos todos conectados em algum ponto e diferentes em outros.
Então essa classificação não faz nenhum sentido se não a organização entre nós mesmos e não a verdade lá fora.
     Conforme a evolução da sociedade uma característica se destaca, a visão “extra corporal”, nós podemos nos colocar no lugar dos outros e entender se uma situação é justa ou não, isso se fez muito importante para o convívio humano, construindo assim uma noção de justiça e bom senso, e esse “próximo” que me refiro, vai ficando cada vez mais amplo.







    Há 1000 anos esse senso de justiça não se aplicava muito além da família ou no máximo uma tribo pequena, com o tempo esse senso foi abrangendo mais e mais pessoas.
Hoje discriminação racial já não é tão comum assim, homofobia já não é natural e o cuidado com ate mesmo outras espécies se acentuou, hoje existem muitas pessoas que se negam a comer carne de animais.
    É a partir deste senso que nos dói o coração ver animais atrás de grades num zoológico, quando conseguimos nos colocar no lugar deles e entender que não é justo prender um “indivíduo” para o deleite de outros.
    Não seria possível achar uma forma mais pacifica de convívio? É certo condenar um animal a viver sua vida toda preso, para que todas as quartas-séries possam olhar para eles e voltar para seus lares?


Escolha do autor (HUAHUAHUA, CP num presta)

                                                                                                                       por CP


A vez de Paulo:

2. A Problemática do Zoo
Eis aqui um exemplo de dilema a ser discutido que leva a conceitos e discussões muito distantes das que foram propostas de início. É tudo muito mais complexo do que aparenta e a profundidade se percebe pouco depois, sem muitos esforços.

O ser humano se distanciou da natureza, cercou-se de asfalto e ergueu suas cidades onde dantes figuravam onipotentes faunas e floras vastas e diversas. Temos essa tendência: submetemos tudo, inclusive nossos semelhantes. Nós nos fugimos do que é natural de tal maneira, que o que pertence a natureza chega a nos soar estranho e repulsivo. É como se, irônicamente, não fizessemos mais parte da mesma.

O ser humano submete e o ser humano se arrepende.






Cansamos de ver a humanidade tentando recuperar sua consciência, e é assim que eu vejo o zoológico. Uma falha tentativa de reaproximação. Existem duas maneiras usuais de ver tal entidade: Ela enquanto instituição de entrenimento (função essa totalmente criminosa e condenável, e por aqui somente destaco que outro ser não pode em hipotese nenhuma ser obrigado a entreter outros, sendo para isso, retirado de ser habitat e 'rotina') e ela como uma possibilidade da humanidade cada vez mais artificial entrar em contato com aquilo que é natural e selvagem.

É ai que a discussão toma a profundidade não aparentada em primeira instância.

O animal em si, o tratamento oferecido e a liberdade do mesmo, tudo isso, é colocado em xeque e, em casos onde não existe uma proposta de preservação da espécie é apenas uma mera exibição ao homem, enclausurado, como um troféu, uma amostra de superioridade e prova da supremacia humana sobre a natureza, que a molda a seu bel-prazer.

Mais do que questionar uma possivel proibição dos zoológicos, olhar para o mesmo como consequência de uma opção da humanidade: opção por viver em bolhas de pedra. Olhar pra essa chaga é perceber mais uma tosse da humanidade doente, que de maneiras distintas demonstra os sinais tuberculosos do seu crescimento.

Por mostrar essa face isolada que a humanidade assumiu, um Zoológico explica sua existência. Por privar a liberdade de seres vivos, ele a condena.




                                                                                                                    Paulo César

E, por fim, pitacos de "Moi".

3. Você já foi ao Zoo hoje?

Fui ao zoológico recentemente. Qualidade das jaulas e proporção ao tamanho, para algumas espécies, não pareceram extamente corretas, na sua maioria muito menores do que o devido. No entanto, sobre esta questão, o quanto ou o que é "devido"?

O que é, para começar, um zoológico? A pesquisa Google/Wikipedia, neste sentido, tráz respostas interessantes (pessoalmente, acho que a wikipedia em inglês possui ótimas fontes e recomendaçãos de links e artigos, em uma boa quantidade de artigos (mas busque além, também, para compreensão condizente com realidade)). Desde o começo, no entanto, de maneira geral, com a mesma função de entretenimento.

Partindo da aceitação filosófica de que um zoológico só pode conservar sua verdadeira intenção conceitual se mantida e voltada para apreciação e/ou interação humana, o que significa um zoológico para as espécies e espécimes mantidas do lado de lá das jaulas?

Será o conhecimento adquirido pela convivência com os indivíduos, incentivadas as ações de parceria entre zoológicos e intitutos de educação, como universidades, e que possibilite maior preservação e acompanhamento de suas respectivas espécies, mais valioso que o enclausuramento de certos espécimes?

Será o valor da vida pessoal de cada indivíduo capturado e mantido em cativeiro muito menor do que os benefícios trazidos pela interação mais tangível e substancial que a maioria dos humanos pode ter com nossos companheiros de vida, outras espécies?

Quando se fala de tratamento "devido" à um animal selvagem enclausurado, existe algo realmente "não indevido", partindo do fato de que aquele animal nem deveria ali estar? E ao mesmo tempo, quando se olha aos olhos de um tigre e recebe o olhar novamente e se entende, com seus próprios sentidos, uma outra forma de vida totalmente inesperada, quanto não valeria tê-lo ali, aquele ser de (quase) outro mundo?

Quão certo é um aspecto em relação ao outro? Como pesar dois aspectos tão distintos e decidir-se, de maneira ética e filosófica, sobre a validade ou não de uma prisão de animais, ou da validade de uma chance de se ver e ouvir o que seria de outra forma invisível e inaudível. Como pesar o conhecimento adquirido contra dor causada?

Você já foi ao zoológico hoje?



                                                                                                             Pedro Cescon

-----------

Parabéns ao "Escadas Para..." e, de mim, Pedro Cescon, meus mais sinceros agradecimentos pela presença de vocês, leitores. Espero que possamos continuar buscando escadas para qualquer lugar que queiramos pelo tempo que possamos percorrê-las.

Até a próxima!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Free Blues

...


Cicios e susurros sobre devaneios românticos e sensações lânguidas. Poderia-se mesmo dizer que não existia mais romantismo, afinal, não era ela à cantá-los. E ainda, enquanto a voz suave incitava os cativos, tentei distinguir alguma fala, mas de seus lábios somente aquele magnético sorriso, convidativo como uma risada, falando em suas palavras não ditas. E mesmo que sujeita a si própria, sua presença, logo um não diria tratar-se de não sê-la, ela, senão a própria personificação da melodia que reverberava nas paredes do salão.

Passos deslizantes, por entre olhares violadores que pouco podiam fazer para chamar-lhe atenção. E quanto mais a chama de sua paixão queimava, mais pareciam ansiar seu calor. Vieram-me à mente e à língua aquelas e outras mais, ainda, palavras que de nada valeriam ao momento. No entanto, a sonsice das suaves insanidades sissibilantes em minha mente fôra rapidamente varrida de mim. Aquele momento não era meu, era dela. Valia mais à meus olhos juntarem-se à turba de olhares do que distraírem-se em tropeços que meus lábios pretendiam cometer.


Não que outros e outras não tivessem estes impulsos. Os tinham e os exerciam. Mas era uma atitude insensata... os ouvidos, naquele momento, não eram para ouvir quaisquer palavras de cunho pessoal. Ela sentou-se à meu lado.


Olhou ao redor, sem ver, e pediu algo, perceptível somente aos ouvidos sensíveis da jovem que movia copos e bebidas como panos e pincéis. Voltou o olhar para o salão, enquanto suas mãos deslizavam pelo balcão. Estava eu a observá-las ainda, de maneira pouco discreta, quando a música e o tom do ambiente mudaram abruptamente.

O suave movimento do momento, sedutor e envolvente como a fumaça, tornou-se mais vívido e aquecido. As vozes sem sons agora cantavam, ainda silenciosas, tentando chamar qualquer atenção, enquanto seus olhares se tornavam mais e mais vorazes. Eu observava-os com surpresa e espanto, até que meus pensamentos mais gentis ao ego e minhas vontades românticas me atiraram de volta àquela que mobilizava tão grande multidão. Me senti inesperadamente aliviado ao perceber que o gelo em seu copo era muito mais do que o calor estabanado dos desejos insaciados dos que não lhe interessavam poderia derreter.


Me senti mais confortável comigo assim, esperando o máximo de nada que aquelas tantas pessoas pareciam poder exercer. Deveria ser especial, ela, quem sabe? Apenas parecia não se importar com todas as vontades ardentes que à cercavam. E, tão convicto das radicais considerações sobre como ser ameno e não cometer os erros daqueles tantos, desisti de minhas vontades mais elaboradas, mantendo na mente somente a sugestiva estética que suas ações irradiavam.

E fui tão preciso e decidido em minhas ações, sob a música envolvente, que quase não a ouvi dizer "Olá", enquanto me olhava com olhos de cores familiarmente originais.


E de onde antes era só o silencio abismal agora ecoava aquele som...


L'aventure commence...




...


Pedro Cescon

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sabedoria da Pedra

"À medida que a imaginação dá um corpo às formas das coisas desconhecidas, a pena do poeta
empresta-lhes audazes contornos, dando ao vazio e ao nada uma casa, um sentido e um nome.

Que pena audaz: Dando contornos e emprestando casas, sentidos e nomes às desconhecidas formas feitas no vazio e no nada das coisas da imaginação do poeta..."


Pedro Cescon




Obs.: Escadas Para... promete uma postagem treta para esta semana (TRETA)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sol

Quando você sopra o poder de uma estrela em uma alma de gato!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lenda Oriental

Minha mãe me contava esta história:


---

LENDA ORIENTAL (Sabe-se lá da onde) 
---

Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis próximo a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou:
- Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? Rebateu o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz. Estou satisfeito por haver saído de lá.
Então o velho replicou:
- Pois a mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
- Pois o mesmo encontrará por aqui- respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho :
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
- Cada um carrega no seu coração o ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

domingo, 14 de agosto de 2011

Voyager Golden Record

Olá, meus caros e caras, queridas e queridos. Hoje, como prometido, uma postagem treta (embora já seja outra semana). Hoje, vamos falar de um disco excepcional, incrível, único e singular. Um vinil cujas cópias originais, ambas as duas, não são adquiríveis mesmo se você for ou representar a entidade detentora de maior capital nesse mundo. Tampouco são conseguíveis pela criatividade, desculpem-me por dizê-lo, verdadeiros conquistadores do mundo. Hoje nós vamos falar do:


Voyager Golden Record
Voyager Golden Record e sua capa (direita), com ilustrações de como tocar o vinil e um mapa galáctico para o sol, entre outras

Em 1977, a NASA lançou ao cosmos duas sondas científicas pertencentes à um programa espacial denominado Voyager. Ambas as sondas foram lançadas com o intuito de coletar dados dos planetas exteriores (os planetas após o cinturão de asteróides que se encontra entre Marte e Júpiter). No entanto, completada a coleta das informações, ambas se encontram agora em rota de saída do sistema solar e do alcance gravitacional do Sol.


Voyager 1
Muitos fatos relevantes se acercam sobre as sondas da Voyager, e muitos dados científicos coletados pelas sondas estão à disposição em lugares simples de achar como Wikipedia (ao final do post, seguem alguns links interessantes).

No entanto, o foco deste post é algo que a Voyager 1 e 2 carregam que é, simbólicamente, tão ou mais especial quanto elas. Ao centro do corpo das sondas (e visto claramente na imagem acima) encontra-se, em um compartimento desenvolvido para este intuito, artefatos muito, mas muito interessantes. Estes são o foco do post de hoje.

Contido, está um vinil chamado "Sounds of The Earth", com faixas musicais de vários lugares e de vários estilos distintos da Terra (os dois vinis originais estão nas sondas Voyager). Entre a seleção musical estão algumas faixas temáticas como saudações do então secretário da ONU, saudações em muitas línguas distintas e uma faixa dedicada inteiramente aos sons da Terra, como os sons de trovões ou produzidos por animais ou outras fontes.
Junto, está uma coleção com 116 imagens e fotos que variam entre tema e informação, mas ainda sim relacionadas ao planeta Terra e à vida em geral.
Algumas das imagens:

 





De 116 imagens.

As músicas demonstram grande gama de variação temática.  Há surpresas estrondosas como na faixa "Whale Greetings / UN Greetings", na qual diferentes representantes das nações unidas recitam trechos de variados assuntos enquanto o som de baleias comunicando é ouvido ao fundo. Músicas e sons impressionantes, desde Lorenzo Barcelata e seus Mariachis aos cânticos dos sons de iniciação das jovens garotas do povo Pigmeu, de Beethoven e Bach aos ritmado balanço da cantiga dos índios Navajo.



A maioria das faixas pode ser achadas no youtube (a lista das faixas segue nos links abaixo) e as imagens podem todas ser achadas no google.

E, que me perdoem aqueles que acham que tal conhecimento deve ser negado gratuitamente, mas abaixo segue o link para todas as faixas e imagens para serem baixados por "Torrent":


O Voyager Golden Record é, mais do que a intenção de que alguma forma de vida, ou que se assemelhe, capaz de cognição consiga achar e entender o conteúdo do vinil e das imagens. Carl Sagan (link abaixo também), o diretor responsável pelo desenvolvimento do Voyager Golden Record, bem como cientista integrante do programa Voyager, disse:

"The spacecraft will be encountered and the record played only if there are advanced space-faring civilizations in interstellar space. But the launching of this "bottle" into the cosmic "ocean" says something very hopeful about life on this planet."


Ou


"A cápsula espacial será encontrada e a gravação tocada somente se existirem civilizações exploradoras do universo avançadas no espaço interestelar. Mas o lançamento desta "garrafa" no "oceano" cósmico diz algo que reflete muita esperança sobre a vida neste planeta."

A Voyager 1, neste instante, é o objeto humano mais distante da Terra, e está em vias de atingir o limite da força gravitacional exercida pelo Sol. A sonda ainda mantém certos aparatos e envio de dados funcionando e espera-se que ainda o continuará fazendo até 2015, quando sua fonte de energia não mais produzirá eletricidade suficiente para o envio de informações.

Se a Voyager e seu Golden Record forem achados ou não, não importando quão improvável seu resgate eficiente seja, a Voyager significa mais do que as mensagens que contém fisicamente (e estas são excepcionalmente incríveis, já). Significa, de maneira simbólica, o avanço das formas de vida do Planeta Terra. À medida que a vida forçou o surgimento das diferentes formas vivas, e que estas foram adaptando-se para sobreviver, também nós o fizemos. E com a cognição adquirida através desta evolução pudemos mandar esta mensagem através do cosmos. Não só um marco para nós, mas um marco para toda a vida neste planeta Terra. E que simbolize que possamos fazer mais e mais e, de fato, alcançar as estrelas por nós mesmos


Voyager Golden Record


Links Interessantes:

http://goldenrecord.org/ - Site oficial da NASA sobre o Voyager Golden Record... Obrigatório para quem quer saber mais do assunto

http://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_golden_record - Entrada em inglês sobre o Voyager Golden Record na Wikipedia. Muito bom.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record - Entrada em português. Incompleto, mas em português.

http://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_program - Entrada em inglês na wikipedia sobre o Programa Voyager. Interessantíssimo.

http://en.wikipedia.org/wiki/Carl_sagan - Entrada em inglês na wikipedia sobre o Carl Sagan (astrônomo, cosmofísico, escritor entre outros).

http://thepiratebay.org/torrent/4072098/NASA_Voyager_Golden_Record__Murmurs_of_Earth_CD-ROM - De novo, link do Pirate Bay para o arquivo torrent das imagens + música. Essa informação é válida de ser transmitida gratuitamente para todo e qualquer ser humano (então não encham, conservadores anti-pirataria protetores da indústria fonográfica).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

5 da manhã... Hhauhauhauhauhau

Opa, 5 da matina, eu bebão aqui, mas sem mais, meus queridos.


As tristezas já eram... é a hora de ser feliz, e mandar muito. Chega de tristeza malandro, que o dia é hoje e hoje a gente É, sem mais. Pink Floyd aí pra galera curtir a vibe =)))))))))))):


Porque eu realmente queria que você estivesse aqui agora =). Pra você meus melhores desejos de uma ótima lombra, vibe, momento, paixão ou tempo. Lembre-se... sempre:


Amor no coração, porque a única coisa que pode salvar alguém nesse mundo, é amor!!! (prometo logo mais uma postagem treta, hein... juro... nessa semana)




Echoes aí pros lombreiros:



=)
=)
=)
=)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

E você, o que acha disso?



Na Barra Horizontal: Dose ativa dividida pela dose letal. Isso significa que a substância na qual Dose ativa/Dose Letal seja 1 é a que a dose ativa é a dose letal. À esquerda é menor perigo, e o risco vai aumentando da esquerda para a direita.

Na Barra Vertical: Potencial de Dependência. A capacidade da substância de causa dependência (física, química ou psicológica). Abaixo é menor potencial (very low) e vai crescendo o potencial para cima. Ao topo, potencial de dependência alto (very high).


E você, o que acha disso?

domingo, 26 de junho de 2011

Breves Considerações Sobre Vida

Vida não tem definição única. Vida não tem parâmetro fixo e comprovado de identificação. Vida não é o que dizemos que é, e o sabemos, pois o dizemos, antes de tudo, que o que dizemos que é é somente o simbólico para que possamos ter um esquema bruto do que é vida.


A vida se esforça para sobreviver. Ela se transforma nas formas de vida e, moldada pela seleção natural, transmuta-se nas melhores carruagens para ela mesma, a vida. Como se todos nós seres vivos fôssemos corredores, levando adiante uma tocha. Essa tocha... essa chama... essa é a Vida.

De um certo aspecto, a vida usa os seres vivos, como um parasita que força as formas de vida a gerarem novos portadores dela mesma. Quando a forma de vida não pode sobreviver, ela já não é mais apta como um carregador de vida. Mas a Vida se manifesta de diversas formas... muitos somos os que carregam a chama. Incontáveis. E maravilhosos.

O respeito pela vida é, de certa forma, inerente. A maioria dos animais geralmente não mata com intuitos distantes do de suprir sua própria necessidade de viver. A maioria dos seres vivos mata para não morrer. Dessa maneira, a chama da vida nos une irmãmente, todos os seres vivos do planeta Terra juntos. Partilhando o mesmo modo de ser, o mesmo modo de carregar a vida, nos nossos genes.

Mas não somos, tampouco, somente os invólucros da vida. Somos tão magníficos como ela, no nosso próprio modo. Sentimos... olhamos as estrelas, sem que isso tenha qualquer aplicação com a necessidade de carregar a vida. Uivamos para a lua. Cantamos canções mesmo fora das temporadas de acasalamento. Construímos espaçonaves e microchips. Somos leões reforçando nossa supremacia. Somos hienas nos opondo. Somos mosquitos coletando sangue para nutrir nossos jovens, enquanto displiscentemente distribuímos aqueles de nós que são tão simples que não podem sobreviver sós. Somos os que construímos reatores nucleares. Somos os de carapaça marrom e uma estranha resistência a radioatividade.

Vivemos por uma rainha. Caçamos juntos como irmãos na tundra. Nascemos no azul do oceano, vivendo tão sós que nossos próprios genitores passam a ser nossos predadores tão logo nascemos. Crescemos juntos com outras espécies, caçando por outros, protegendo-os. Vivemos da noite, andando nas sombras da madrugada. Sorvemos nossa energia dos raios quentes do Sol, mesmo que não possamos entender o que é raio, quente ou Sol. Crescemos na sombra das pedras úmidas. Lutamos para existir nas escaldantes areias do deserto.

Voamos sobre o topo da montanha mais alta. Existimos na mais escura cratera do ponto mais fundo do mar. Estapeamos irmãos, devoramos proles, lutamos com garras e dentes para proteger àqueles que amamos. Passamos fome, frio, medo, alegria, solidão, excitamento.

Somos tantos e, a cada unidade de tempo gasto no intento de nos entendermos podemos ver como são claras as nossas semelhanças. Somos sim os carregadores da chama da vida, porque para que pudésse-mos carregar coisa tão especial, tão singular nesse universo, igualmente devemos ser incríveis, galacticamente especiais.

Cometemos muitos erros... Rimos da morte de nós mesmos. Causamos dor e sofrimento pela nossa simples existência.

Ainda assim, somos mais nobres do que os deuses que criamos. Brilhamos mais que sóis. Somos parte de uma rede tão grande quanto o planeta em que existimos.

Somos a Vida... a Vida não está em nós, ela nos É. Somos mais do que as magníficas estrelas surgindo nos pulsos das nebulosas. Somos Vida. Pense em nós. Não nos esqueça...

Deste lado do Universo... somos das coisas mais lindas e especiais que você poderá encontrar!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Humbug

Olá, meus caros, sinto ter demorado tanto em postar algo. E hoje eu quero mesmo é escrever pra falar de uma coisa massa. Hoje eu vou falar sobre uma das bandas mais promissoras da década passada e sobre como seu estilo musical evoluiu entre seus álbuns (mas é mais pra vocês instigarem e irem ouvir).


Arctic Monkeys (e o Humbug)

Arctic Monkeys é uma banda inglesa de Indie Rock que surge na década de 2000 e logo de cara adquire o recorde de álbum de estréia vendido mais rapidamente no Reino Unido com o lançamento de "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not". Esse CD é MUITO BOM, mesmo levando em conta que a temática do álbum, situações comuns aos visitadores de clubes e baladas (principalmente britânicas), pode soar um pouco infantil, às vezes.


Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, 2006

Esse álbum é muito referenciado até hoje, mesmo depois do sucesso estrondoso do segundo álbum e dos singles que que se seguiriam. Abaixo alguns exemplos das faixas do CD (álbum du caralho, muito bom mesmo).

I Said I Bet You Look Good on The Dancefloor

Fake Tales of San Francisco


Esse álbum detona mesmo, pra dançar é massa e as guitarras e a batera detonam (e o baixo também, por sinal). Todo o talento dos pirraias ia aparecer mais uma vez incrível, na forma do próximo álbum, o Favorite Worst Nightmare.


Favourite Worst Nightmare, 2007

Favorite Worst Nightmare chega, logo de quebra, com uma mudança brusca no estilo de som e tema. As músicas ficam com um tom mais pesado, dando a impressão de ser mais alto. A temática usa muito temas de relacionamentos como em "Do Me a Favour" e "Only Ones Who Know". A percepção de uma batida mais pesada vem em faixas como "This House is a Circus" e "If You Were There, Beware". Abaixo uma das faixas muito massa do álbum.

If You Were There, Beware



Com este álbum, seguiram-se muitos singles com faixas que foram mencionadas como opções para o álbum que ficaram de fora no final, mas que são muito boas, como "Leave Before The Lights Come On" e "Plastic Tramp".

Leave Before The Light Come On



Dos álbuns, talvez este seja o que menos me agrada (Favourite Worst Nightmare), as músicas não são tão despretensiosas e livres como em "Whatever People Say..." e nem tão profundas como no próximo álbum. Mesmo assim, são mfaixas incríveis, com ótimo instrumental e uma temática um pouco mais séria nas letras. Favourite Worst Nightmare vendeu como água, seguindo o sucesso de "Whatever People Say...". Mas aí, chegou o álbum que foi num sentido completamente oposto dos dois primeiros álbuns e, ainda assim, era a própria cara dos Arctic Monkeys.

Veio o Humbug.


Humbug, 2009


Este álbum sofreu muitas críticas ruins, não muito pelos críticos ou mídia (que também não importam TUDO isso) mas principalmente pelos ouvintes. Digo isso porque ouvi e presenciei o desapontamento de amigos e contatos internacionais (internet) com a mudança drástica de estilo do Humbug para com os outros álbuns. De fato, logo que ouvi, também não gostei. Foram vários meses depois, depois de um grande crescimento, que quando ouvi o Humbug novamente, fiquei chocado com a genialidade deste CD.

O tema das músicas sofreu uma reviravolta, ganhando uma profundidade, excentricidade e exclusividade incríveis, geniais (embora seja visível que ainda dá pra ser mais treta ainda). O estilo instrumental também mudou, com essa evolução, acompanhando com perfeição a mudança (embora seja justamente esse o fato de ter gerado uma crítica negativa relevante).

No entanto, meu gosto por este cd vem da percepção deste álbum ser a evolução daquela bandinha "legal" de "Whatever People Say..." e da banda que estava virando algo em "Favourite Worst Nightmare". Humbug não só supera as expectativas como dá aos Arctic Monkeys uma característica de mudança e evolução muito grande. Vê, só, só som massa aí embaixo.

Crying Lightining (DUCA! Muito Boa, baixo FODA!)



My Propeller (FODA! "... and I can't get started on my own... when are you arriving?")




The Jewellers Hands (Uma das melhores músicas da década passada)





Ouçam estes CDs, eles são todos muito bons mesmo. É uma galerinha massa, com um som irado, filho do rock com guitarras, baixo e batera du caralho. E ficamos no aguardo do "Suck It And See", CD que está pra vir dia 6 de Junho. Tamos ansiosos. É isso aí.


Até a próxima :)



Alguns Links interessantes:


Página Oficial da Banda (inglês) (Nova música lá, caiam de cara, hein!)


Arctic Monkeys na Wikipedia (português)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

...

Pela hora do almoço, recebi a ligação... um ente querido falava da tristeza de outro ente querido. Talvez eu pudesse fazer alguma coisa. De fato, fiz, e acredito ter sido útil (considerando que estava do outro lado do país). No entanto, a voz carregada de choro, compassada em soluços... as semi-histórias confusas do fato real e seus aspectos horríveis... a discordância de pessoas que amo... pra mim foram desgastantes de uma maneira que jamais pensei que poderiam ser.

E a dor do dia 7 de abril não tinha começado ainda.

Pouco depois da hora de almoço habitual, pouco antes de meu almoço, fiquei sabendo de um dos fatos mais tristes dos últimos anos. Um homem entrou em uma escola de ensino fundamental e disparou vários tiros contra muitas crianças pequenas. Esta foi a notícia inicial que recebi do fato, direta desta maneira. Mudaram de canal (moro (na época da postagem) em um lugar com algumas outras pessoas). Neste, um repórter no local estava entrevistando uma menina que escapou com vida. Perguntava coisas como "o que você sentiu?", "o que você viu?", "como foi?".

Em tom descritivo calmo, de alguém que a inocência impedia de cair no choro, a menina narrava cenas tão horríveis que tornariam a história proibida para menores de 18 anos. E as pessoas assistiam à tv com olhos arregalados e tristeza nas palavras... mas os questionamentos ainda eram os mesmos... isso não mudou a rotina de ninguém não afetado pela tragédia à minha volta. Saí da sala, desconfortado, porque percebi que estava começando a chorar.


Fiquei um tempo fechado no quarto, até limpar o rosto e sair. Mais notícias na tv. Tentei ignorá-las e fui para a outra sala, onde meu computador estava ligado. Tentei abrir um jogo... não consegui gastar 15 minutos nele até me sentir enjoado de estar fazendo aquilo. Entrei em uma página de rede social. Lá, me peguei lendo um texto de alguém da classe média reclamando de que o governo estava pagando alguma nova bolsa para uma classe menos favorecida. Por diferenças de ponto de vista (que não cabem agora), aquilo me trouxe um sentimento anterior de natureza triste. Li até o final para descobrir que alguns colegas meus aprovaram o texto, e para descobrir que estava chorando novamente.


Atribuí aos fatos do dia, minha tristeza... neste ponto, me senti extremamente cansado... me senti relativamente sozinho. Tentei novamente abrir a página de jogos... Não demorou até me juntar a alguns colegas virtuais de jogo americanos. Uma delas comentou o fato de suas crianças terem aparentado estar doentes há uma hora e agora estarem perfeitamente sadias. Fez uma piada dizendo:

"é culpa dos japoneses, jogando essa tralha atômica na nossa água". Pelo que parece, foi engraçada, pois seus colegas americanos demonstraram intenção de riso. Já tenso pelos acontecimentos do dia, não pude me conter e respondi: "na américa central, pelo golfo do méxico tá acontecendo a mesma coisa, é culpa dos americanos, jogando essa tralha de óleo na nossa água".


Desisti do intento de retaliar quando um outro respondeu "a gente não joga óleo lá... a gente só limpa nossa sujeira" e todos os outros responderam com uma gargalhada virtual.


Fiquei puto e saí da sala novamente. Tentei começar a ver um filme, mas um colega do lugar onde moro havia serntado perto e tinha acabado de abrir um vídeo relacionado a tragédia na escola, com muitos gritos. Outros colegas juntaram-se atrás dele. Larguei a computador e fui para a outra sala, onde mais colegas amontoavam-se junto à tv, que passava mais notícias sobre o caso. Todos assistiam sem alterações emocionais diretamente perceptíveis. Alguém fez uma piada que não se relacionava ao assunto.


Estava olhando para outro lado, tentando me desvencilhar do fluxo de informação agressiva da tv quando a cena veio à meus ouvidos, meus colegas gargalhando com o som da gritaria na tv, do mesmo vídeo que momentos antes estava sendo visto por meu outro colega em seu laptop, sem perceber a cena bizarra a qual estavam protagonizando. Comecei a chorar neste aposento, de maneira intensa, mas saí rápido o suficiente para que não fosse perceptível. Tentei me fechar no quarto mas o barulho da tv era alto.


Não aguentei e resolvi sair de casa, na pressa levando apenas chapéu, chaves e uma garrafa de vidro com água pela metade. Ainda tive a chance de ver de relance a mesma entrevista do repórter sem noção com a menina que escapou. Ver aquilo novamente me deixou desolado... mas ver várias pessoas vendo aquela notícia sem se sentir mal me destruiu.


Saí de casa ao fim do entardecer e dei uma longa volta pelo quarteirão, chorando efusivamente. Tomei toda a água em poucos goles. Cheguei novamente ao portão de casa em 10 minutos mas não consegui entrar.


Ao invés, sentei-me na calçada de frente para a casa, procurando motivos para querer voltar. Nem fome, sede ou frio me impulsionaram... me sentia enojado pelo ser humano. Me sentia sozinho, e toda vez que a imagem da criança falando aquelas coisas horrorosas me vinha a mente... sobre a dor das crianças... sobre os gritos, a correria... todas vez que me ocorria, eu voltava a chorar. Não queria mais ver pessoa nenhuma. Me sentia revoltado com a falta de sentimento das pessoas que, sem se importar com a dor e medo das crianças, falavam sobre como gostariam de torturar o atirador de tal maneira ou de outra maneira. Me sentia ultrajado como ser humano saber que, mesmo depois de tanta dor, as pessoas só queriam pensar em mais ódio, para saciar suas próprias indignações egoístas.


Um jovem, um dos únicos com corajem para me abordar (embora a maioria das pessoas me observasse como um extraterrestre), falou comigo à distância. Não pude vê-lo ao longe, havia saído sem óculos. Acenei. Veio até mim e sentou-se ao meu lado no meio fio. Perguntou primeiro se o que tinha na garrafa era água. Respondi que era, mas agora estava vazia. Depois perguntou por alguém pelo nome, alguém que eu não conhecia


Perguntei seu nome, disse-lhe o meu, e apertei sua mão. Vendo que eu estava alterado, me perguntou o que eu tinha. Eu disse-lhe que estava muito triste. Ele me perguntou novamente se o que eu tinha bebido era água, ou álcool. Disse-lhe que era água. Perguntou-me se eu tinha me drogado. Disse-lhe que não. Em resposta, disse-lhe ainda que estava triste e relatei-lhe o acontecimento do tiroteio, mas o assunto foi interrompido, visto que ele não deu muita atenção ao fato.


Depois, me pediu dois reais emprestados, mas não havia trazido nada comigo. Me perguntou uma vez mais se eu havia me drogado. Em um tom leve de indignação, peguntei-lhe se ele nunca havia ficado triste. Respondeu-me que sim. Então, de forma mais vêemente, contei-lhe a história. Ficamos em silêncio, um do lado do outro por alguns minutos, quando alguém passou pela calçada. O jovem abordou-lhe, pedindo dinheiro emprestado. Fiquei em silêncio, mesmo quando o jovem pediu dinheiro em nosso nome, para beber algo. Suspeito de que, por receio, o passante não questionou, e ainda mencionou fatos de sua vida, acredito que por segurança, apesar de toda a conversa ter sido muito civilizada e cortêz.


O passante se foi e, em seguida, o jovem também, que antes de ir fez questão de apertar-me a mão e mencionar que havia sido um prazer conhecer-me. Quando ele havia chegado, eu estava chorando. Agora, estava seco. Ainda estava sentado na sarjeta, de frente à minha casa e, mesmo tendo contado uma hora já passada sentado ali, nem a dor nas costas ou o frio ou o chão sujo me eram motivos razoáveis para ter que tratar com qualquer pessoa conhecida que ali poderia estar em meu caminho para o quarto. À minha vista egoísta e revoltada, todos me pareciam inacreditavelmente filhos da puta, pois ninguém havia de fato mudado sua rotina pelo triste acontecimento.


Pensavam todos em vingança, em mais ódio e tristeza, não lhes bastando o trágico fato que acometeu as crianças, ou então concederam ao fato um simples olhar e continuaram sua vida sem mais obstruções. Este pensamento, à hora, para mim, estendia-se a todos os humanos, então. Estava os vendo como pequeninos seres barulhentos, preocupando-se com seus problemas irrisórios se comparados ao fato aterrador que observavam na tv, como se fosse algo triste mas aceitável na sociedade socialmente caótica em que vivemos.


Me senti mal por pensar assim de todos os humanos, mas as palavras da menina, toda vez que soavam novamente em meu cérebro, me davam calafrios e me faziam condená-los ainda mais por não dar a atenção sentimental que eu considerava devida àquelas crianças.


O cansaço me venceu e voltei para dentro, depois de uma boa porcentagem dos passantes me olhar com um curioso olhar de "eu não entendo você sem aparência de mendigo sentado na sarjeta chorando", como se para todos fosse comum ignorar o choro de alguém sentado na sarjeta se este fosse, de fato, um mendigo. No entanto, arquitetei minuciosamente meus passos para poder ter que tratar o mínimo possível com as pessoas.


Me vejo agora escrevendo estas palavras. Não sei se elas tem algum valor filosófico. Não sei como serão recebidas. Francamente, não ligo... São só palavras sobre um sentimento meu, que em nada se equivale ao sofrimento daquele(a)s jovens. Só acho injusto que as pessoas reclamem de o mundo estar uma merda e quando acontece uma coisa dessas estas mesma pessoas se mostrarem tão pouco motivadas...


Só acho injusto as pessoas pedirem mais sangue e violência em resposta à tanta dor, como se a indignação e raiva nelas desse direito a mais violência na história...


Só acho injusto que as pessoas achem tal acontecimento revoltante, mas ao invés de propor mudanças sociais, queiram saciar sua incapacidade na forma de mais dor e medo...


Ou que não achem justo ficar triste e chorar pela tristeza de outro ser humano, principalmente cuja vida foi acabada logo no início, por causa da vontade macabra de um outro ser humano...

sábado, 2 de abril de 2011

Ciência

Hoje, pedirei auxílio de alguns seres humanos bacanas. Este vídeo chama-se "A Ciência Salvou a Minha Vida". O link é para a versão dublada em português, que tá legalzinha. O link mais abaixo leva à versão original em inglês, interessante, apesar da dublagem estar bacana mesmo. Como não quero me demorar, eu mesmo, queria pedir que, se sentirem-se instigados, estejam mais que convidados a postar comentários sobre o assunto.

O original foi publicado por Phil Hellenes em seu canal no youtube. Visite mais de seus vídeos se he interessar. A música ao final é de The Arcade Fire, e se chama "Wake Up".




Vídeo original (inglês)



Só queria salientar algo... lembrem-se: argumentação... argumentação... não pensem nisto como A verdade absoluta, embora possa ser em alguns aspectos. Pensem como um vídeo com uma proposta muito interessante... de fato, muito mais interessante do que a maioria das propostas religiosas atuais. Mas lembrem-se, no mundo há espaço para todos... Apenas... use seu cérebro por si só, sim? Pense, pense, crie a ideia, e argumente... com paciência e liberdade!

sábado, 26 de março de 2011

Auto-explicativa

Publicado oficialmente em primeira mão no blog de meu querido amigo Ritch, em: Vira-Lata Noiadão




Mortes anuais nos Estados Unidos provocadas por:





"Chapados: existe uma razão para serem tantos!"

quinta-feira, 17 de março de 2011

Manifestações do Contrato Social

Olá, meus queridos. Espero que tenham tido ótimos dias. Dificuldades sempre estão e estarão presentes, e é mesmo aí que mora a arte de equilibrar os problemas com felicidade. Espero que estejam todos e todas conseguindo fazê-lo, isto é, conseguir felicidade.

Hoje, o tema é mais complexo (e longo, desculpem-me por isso), e requer um tanto de abstração da atual realidade social mundial. No entanto, é um assunto muito mais simples do que as pessoas podem acreditar... e de fato, tão simples, que é surpreendente como as pessoas não se dão conta do fato. Mas, como tudo... vamos começar pelo começo, porque não há melhor maneira de começar.

As formas de agrupamento social dão-se desde muito, e você pode percebê-las desde as espécies mais morfologicamente simples até as mais complexas. No entanto, pode-se perceber que na medida que a complexidade do indivíduo aumenta, também aumenta a complexidade das relações sociais. Das mais interessantes, eu gostaria de começar abordando a Eussocialidade.


Eussocialidade é o termo usado para abordar as relações sociais do tipo das ordens de artrópodes Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas)  e Isoptera (cupins). Curiosamente, existem duas espécies mamíferas que também seguem este padrão social. Mas vamos focar mais na filosofia deste agrupamento social, no entanto.


Uma forma de agrupamento social de papéis, onde a forma com que nasce o indivíduo determina sua função (trabalhadora, soldado, rainha ou zangão, no caso das formigas). Todos os morfotipos exercem sua função pré-determinada em benefício do grupo




Na forma de Eussocialidade, todos os indivíduos seguem suas funções, baseadas nas suas formas, como explicado na figura. Levando para uma comparação mais filosófica, pode-se imaginar que cada indivíduo respeite seu Contrato Social, implícito na formação do formigueiro (ou colméia, vespeiro ou cupinzeiro). No entanto, se a origem deste (pseudo) Contrato Social é genética ou consciente, não o sabemos (como poderíamos?).


Daí, já salto para as formações sociais dos mamíferos. Muitas outras existem fora destes dois filos, claro, mas não estamos estudando comportamento animal, estamos dando base para um compreendimento da nossa socialidade mais adiante.


Para próxima amostra, usarei quatro espécies diferentes: Canis lupus lupus (Lobo (euro-asiático)), Lycaon pictus (Cão Selvagem Africano), Pan paniscus (Chimpanzé Bonobo) e Panthera leo (Leão) --- (Links para respectivas páginas na wikipedia (inglês)). Por favor percebam que meu conhecimento destas espécies restringe-se a uma pesquisa que, para padrões acadêmicos, é superficial. Estes fatos, apesar de terem respaldo, podem ser incompletos ou obsoletos.


A formação social do Lobo Cinzento dá-se pela dominação. O alfa exerce dominância por agressividade e, por algumas vezes, violência. A relação de dominância pode, por vezes, levar o alfa a estuprar os membros machos da alcatéia de hierarquia inferior. O macho mostra submissão ao sofrer a violência. Esta hierarquia estrita também restringe o tempo de permanência dos indivíduos na alcatéia. Ao contrário do que acontece com os Cães Selvagens e os Leões, a estrutura social dos lobos faz com que um maior número de membros na caçada reduza a quantidade de alimento por indivíduo, apesar de possibilitá-los a caçar presas maiores. Desta maneira, as alcatéias geralmente duram por volta de dois anos, até o crescimento dos jovens e a separação dos componentes do grupo


A dominância na alcatéia de Canis lupus dá-se por demonstrações de poder e submissão


Com a população de Cães Selvagens, no entanto, a situação é diferente. Embora a relação também seja hierárquica, ela se dá quase que estritamente por submissão. Mesmo por comida, as lutas são extremamente raras, e as reclamações se dão por pedidos ao invés de ameaças. Um indivíduo ferido difícilmente é deixado para trás. Me lembro mesmo de já ter visto um documentário no qual uma matilha continha dois indivíduos com feridas relativamente sérias, que os impossibilitava de caçar. No entanto, quando o editor pergunta ao pesquisador que acompanhava a matilha por meses sobre a sobrevivência dos dois, este responde que aqueles indivíduos estavam daquela maneira havia meses, e que nunca foram deixados para trás, quando paravam todos da matilha também o faziam e que a comida era distribuída igualmente entre os sadios e os feridos. Uma formação social relacionada e mesmo assim radicalmente oposta à do lobo, um parente (geneticamente falando) tão próximo.


Sem lutas ou disputas violentas, a sociedade dos cães selvagens beira preceitos ligeiramente anárquicos. Embora exista uma hierarquia, ela é quase sempre baseada por relação de parentesco, na qual os indivíduos mais velhos ou genitores tem preferências. Na matilha, ninguém é excluído ou deixado para trás.


O Leão caracteriza-se, entre outros aspectos, por uma relação social mais tensa. Numa relação de dominância como nos lobos, determinada pelo sexo, Leões comandam o território enquanto Leoas se encarregam da caça. No entanto, Leões tem preferência na cadeia de comando e Leoas e filhotes só podem comer da presa depois dos machos. Em adição à tensão desta relação, Leões recuperam um antigo hábito de carnívoros machos, o de matar os filhotes machos para que estes não venham ameaçar seu comando. No entanto, não somente os machos provocam os atritos no grupo, como mostra a foto abaixo.


Este Leão estava a caminho do chamado de uma fêmea de fora do bando, no cio e atraindo machos para acasalar. No entanto, a fêmea dominante do grupo, em um acess de fúria, atacou o Leão em seu caminho para acasalar, furiosamente desferindo um golpe com sua garra na língua de seu companheiro. Uma relação no mínimo estressante.




Os macacos bonobos, por outro lado, demonstram que todos os tipos de interações sociais são válidas de liderar o comportamento animal. Embora sua taxa de geração de filhotes não seja diferente de outros chimpanzés, os bonobos tem sua situação social completamente baseada em sexo. Eles mantém uma sociedade matriarcal, onde as fêmeas exercem lideranças, e conflitos, reconciliações e interações com novos indivíduos são todas determinadas por sexo, homossexual ou não. As fêmeas tendem a manter relações entre si para fortalecimento da situação de dominância de fêmeas na sociedade bonobo, embora todos os indivíduos interações sexuais com os outros. O único tabú encontrado foi o de mães com seus filhos adultos, que não costumam mostrar este tipo de interação. Quando uma boa fonte de alimento ou um bom território é encontrado, a atividade sexual também aumenta substancialmente. Encontros com outros clans geram interações sexuais generalizadas.


Bonobos e Humanos são as únicas espécies de que se tem notícia de praticarem todas as seguintes formas de interação sexual: Sexo face a face, sexo oral e beijos de língua. Toda a relação social do grupo é ditada pelo sexo




Isto tudo foi mostrado para enfatizar a diversidade que os caráteres sociais podem assumir nas relações entre seres vivos. Podemos associar isto com a tendência de cada animal de assumir esta ou aquela forma social. Se pudermos pensar assim, podemos atribuir características sociais inerentes aos serer humanos. No entanto, eu gostaria de pensar que, com o nível de consciência adquirido, podemos nos adequar a muitas das formas sociais na natureza e outras de nossa própria concepção (que é o que fazemos). Estes exemplos foram base para o que virá agora.




O Contrato Social no Estado Humano Contemporâneo


Questões importantes que quero que vocês guardem são: DIREITO CIVIL e ACEITAÇÃO COMPULSÓRIA.

A noção básica de CONTRATO SOCIAL é que indivíduos unidos em uma sociedade concordam em consentimento mútuo a obedecer um determinado grupo de regras para proteger uns aos outros de violência, fraude ou negligência (traduzido da Wikipedia em inglês). Os envolvidos VOLUNTARIAMENTE abrem mão de sua soberania, de seus direitos inerentes pelo fato de terem nascido (Vide MANIFESTO DO LEGÍTIMO DIREITO DO SER VIVO, na aba à esquerda), e a delegam ao estado, para que esta mantenha a função de proteger à todos daqueles desobedecendo a norma da lei (que, lembrem-se, em um contrato, deve ser aceito pelas duas partes envolvidas para ser válido).

O contrato social vêm de tempos antigos, da Grécia clássica e, talvez, antes até. Na época do iluminismo, depois da idade das trevas, estes conceitos receberam renovações filosóficas.

Thomas Hobbes (pensador iluminista, escreveu o Leviathan) diz que, sem controle político, a vida seria, bruta, curta e desagradável. Este é um ponto de vista (válido (mas ainda assim, uma opinião)). Sócrates (filósofo da grécia antiga) foi condenado a beber cicuta em praça pública, como punição ordenada pelos clérigos pelo fato de discursar que os criadores dos deuses eram os próprios homens (foi acusado de deturpar a juventude ateniense e perpetrar caos público). Seus aprendizes (Platão foi um deles, embora não sei se envolvido em tal fato) organizaram meios para a sua fuga antes da execução. Sócrates recusou-se, dizendo que, por viver em Atenas sua vida toda, havia assinado O Contrato Social e, se fugisse, estaria renegando tal fato, coisa que não lhe apetecia.

Como dito acima, o contrato social é um conjunto de normas adotado por um povo no qual poder é dado ao estado para que este seja o único com direito a uso legítimo de violência, com fim de manter as ditas normas obedecidas pela população proponente. O direito civil aparece como uma ressalva aos direitos que sobram aos cidadãos depois da elegação de poder ao estado. Desta maneira, parece que é a população que dita o Contrato Social.

Mas há mais na cena do que diz a vista.

A definição formal (embora informalmente escrita) de contrato é: "um acordo entre duas ou mais partes, em um determinado número de normas, que deve ser aceito CONSENSUALMENTE e MUTUAMENTE entre as partes contratantes por VONTADE PRÓPRIA e SEM COERÇÃO"

Ausente qualquer das características acima, um contrato não é válido. Antigamente, quando alguém quebrava as normas de um grupo, a punição era que fosse banido. Mas na medida que as organizações humanas tomaram todos os territórios físicos terrestres da terra e foram se estabelecendo como estados, isto mudou, pois não haviam mais lugares para ser banido. Cada estado delegou para si poder supremo em seu território e escreveu sua própria versão do contrato social.

E NENHUM DOS CIDADÃOS DA MAIORIA DIRETAMENTE AFETADA DIRETAMENTE ESCREVEU PARTE MAJORITÁRIA DO CONTRATO SOCIAL DO ESTADO EM QUE RESIDE.

O contrato social É uma ferramente prática para controlar as grandes aglomerações humanas. No entanto, não pode ser válido como contrato, pois nunca foi assinado diretamente por seus contratantes, a população. E não pelo fato de delegarmos o poder a representantes (eleição), mas isto não é ensinado nas escolas, nem discutido pelo governo.

Quem disse o que é proibido ou não? Quem disse que devemos realmente pagar as taxas estipuladas? Você já assinou um contrato dizendo que concorda em ser preso na norma da lei se fizer algo contra ela? Vou usar o exemplo que é dedo na ferida mesmo: plantar maconha é crime, e dá prisão. Quando você assinou que concordava em ser preso caso plantasse uma PLANTA? PIOR, QUANDO VOCÊ CONCORDOU EM ALGUÉM QUE VOCÊ NAO CONHECE PODER SER PRESO POR PLANTAR UMA PLANTA (que humildade, hein, querer saber o suficiente para tirar o direito de alguém de plantar o que quiser)?

No entanto, o ponto ainda não é a validade do Contrato Social (que na minha opinião deveria ser nula, já que nunca assinei nada nem concordei com o proposto (no entanto, sou forçado a tal, ou se não cumprir o estabelecido irei preso, como se tivesse concordado com tal fato)), mas sim porque não somos informados de tal fato. Não aprendemos sobre o NOSSO contrato social na escola. Não nos dão opção de escolher o que quisermos para contrato social.

PIOR: TOMARAM TODOS OS TERRITÓRIOS DA TERRA E FIZERAM LEIS PARA TODOS OS LUGARES. VOCÊ NÃO PODE IR MORAR SOZINHO NO MATO OU COMEÇAR UM AGRUPAMENTO NA NATUREZA POIS SE O VEREM MANDARAM O EXÉRCITO PARA DESAPROPRIAR VOCÊ DA TERRA OU ENTÃO COBRARÃO TAXAS.

Sem informação de que vivemos, nós, um Contrato Social forçado, como poderemos então saber o suficiente para questionar as cláusulas.

Nos dão o Direito Civil, como resgate de nossos direitos. Não dizem no entanto, que estes direitos são inerentes a nós pelo fato de existirmos, e que estes direitos foram tirados (tirados sim, pois se não assinamos nenhum contrato, não concordamos com nenhuma intervenção) sem ser nos avisado. Logo de cara, nos dizem que temos direitos, mas nosso direito de assinar o Contrato que quisermos é negado.



---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---
Não digo que não devam existir normas para aglomeração social. Mesmo porquê, isto é o que impede que nos matemos amplamente por recursos disponíveis, nos dias de hoje.
---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---IMPORTANTE---
Mas decidiram coisas intrínsicas de nossa vida e não nos ensinam a questionar isto... para mudar... para melhorar.

Nos iludem com uma coisa chamada Direito Civil, não pelo Direito Civil ser uma ilusão, mas por Direito Civil ser DIREITO INERENTE.

Deviam dizer para nós o que perdemos em questão de direitos com o Contrato Social, em vez de dizer o que ganhamos, porque qualquer direito que dizem que podemos ganhar são nossos já, pelo fato de existirmos (de novo) e nascermos livres (ou deveria ser assim).

Mas não, nascemos já com deveres e obrigações, sem poder decidir o que é melhor. E quem dita estas regras são PESSOAS... tal qual nós mesmos. Pensando (de forma meio radical (ei, mas vamos tomar cuidado com radicalismos, hein)) de alguma forma, podemos imaginar que os mantenedores das normas e do poder acreditam ter algum tipo de sapiência mística, que lhes dá direito de decidir o que é melhor para todos nós.

A tendência da eleição é que escolhamos alguém que se aproxime mais de nossa ideia de proponente de Contrato Social. No entanto, é sabido que por vezes na história do homem são os interesses individuais, ou de poderosas minorias, que pesam na balança das escolhas das leis e ordens.

CONCLUSÃO

O Contrato Social existe e, por agora, é o que mantém unidas as populações, algumas precariamente e outras de maneira mais ordeira. TODOS os aspectos devem ser avaliados, dizer que tudo devia acabar é a mesma coisa que dizer que deveria ser levado ao ápice de todos os limites. Extremos raramente são decisões mais bem pensadas.

O grande problema, no entanto, é a falta de incentivo ao pensamento e ao questionamento dos sistemas. Por isso é difícil mudar, com as mentes sendo controladas e coagidas.

Cabe lembrar também do começo do post e como tendências biológicas podem ditar tendências sociais. Talvez Contrato Social seja o melhor que consigamos como Homo sapiens. Talvez não. No entanto, deve sempre ser enfatizado que não ganhamos direitos com o Contrato Social, nós perdemos direitos.

O que vale é o maior incentivo ao questionamento destes direitos que perdemos e quão benéficos realmente são.

Só com liberdade de pensamento e ajuda mútua no questionamento da realidade poderemos realmente construir um Contrato Social realmente confortável e válido para todos nós e o Estado ao mesmo tempo. Um Contrato ajustável para cada época e que sempre mude, afim de melhor auxiliar aqueles afetados por ele.


(Desculpem-me o tamanho do post)