terça-feira, 22 de maio de 2012

Sem Nome #1

Tento,
A atitude pode ser insensata,
Como o pensamento,

Sonhar é gratuito, disseram-se os sonhadores,
Que papo louco de sonhador,
Dizer que ama o amor,
Para cada ardor de paixão,
Um sonhador há de ser o vilão,
De uma história que quer ter um final infeliz,

Usando orgulhosas ideias honrosas,
Contra paranóias estranhamente formosas,
E usando um bloqueio poético,
Como desculpa para matar o arquétipo
De sonhador, ao qual dá mais valor
Que quaisquer quantias de vinténs no bolso,

Já diziam os antigos:
Língua não tem osso!
Digo como um dos novos:
Tudo bem, poesia tem gosto!

Odes tortos à mulheres direitas,
Ou vice e versa,
Quem dirá que não se pode amar
Qualquer donzela de qualquer lugar?
Na madrugada não importam os poréns,
Embora um autor há de sempre lembrar:
São perigosos os que sonham de olhos abertos
Por não saber quando se encontram despertos...

Guardo as ressalvas no bolso,
Haverão de ser úteis,
Faço as preocupações fúteis,
Sonho com a próxima paixão futura,
Afinal, o mundo não é uma loucura?

Pedro A. Cescon

2 comentários:

Lud disse...

Como qualquer pessoa quando se identifica com qualquer poema, tenho a impressão de saber exatamente do que esse se trata. Sei disso quando me dá um calor gélido, semelhante a quando se toma uma aguardente, mas diferente. Ha, não sei!

Pedro Cescon disse...

Entendo... como seu comentário, para mim...