Caleidoscópio
Abriu as janelas da mente
Na brisa condescendente das manhãs
Que mais são brisas que manhãs
Mas que cujos nomes e títulos
Somente ela poderia dar-lhes
Viu por entre as luzes por entre os ramos
Enquanto perguntava "à quanto estamos?"
Ao quanto que respondiam-na, insanos,
Uma vez mais, respostas à outras perguntas
"Dizia vãs abobrinhas"
Julgavam as mentes mesquinhas,
Mal saberiam os tolos
Que eram mágicas linhas
De sonhos que vivia acordada
E tinha o mundo no bolso
E SABIA que era verdade
Mesmo com a desdenha daqueles
Que sustentavam tortas vaidades
E escrevia dores e amores
Com roupas de paixão e alento
Em estampas de vívidas cores
Nos finos tecidos do vento
E dava nomes e formas
Às tolas regras e normas
Que decerto seriam mais certas
Vestidas com as artimanhas espertas
Da jovem de certezas incertas
Tão incrível e bela
Que, mesmo no poço mais fundo,
À um simples pensamento dela,
Já bailava no topo do mundo
Pedro Cescon
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Parabéns, Lud, Feliz Aniversário =)
Um comentário:
É como se eu fosse, e fosse escondido de todo mundo; despropositadamente, só por excesso de senso comum, só pela preguiça da visão dos outros; sendo tudo isso ou tudo aquilo e pensando: "ninguém tem ideia do que se passa..." aí vem você, o intergalático, e me descobre assim, descaradamente, lindamente. Você abraçou tão forte o meu espírito que escorreram algumas lágrimas... Tenho o lido tanto, és um dos meus autores favoritos e sendo assim não sei se tens ideia do que, ler isso, significou pra mim.
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